A cama, que deitávamos
juntos confortavelmente,
parece cada vez menor
e a cada noite
mostra-se imperfeita para nós.
Agora ela quebrou.
Não nos suportou.
Pequena e fraca
para nós dois.
Vamos pegar o colchão,
Tirar da cama
e jogá-lo no chão.
Agora nada vai quebrar.
Tudo vai se ajeitar.
Será que dormiremos
bem como dormíamos?
Onde está nosso bom sono
de antigamente?
O espaço do colchão
não dá mais conta de nós dois?
Ou nós dois não estamos mais
dando conta de nós mesmos?
Semana que vem compraremos
uma bela cama nova
e o nosso sono voltará a ser
como antigamente.
Cama nova
Vida nova
Fim dos roncos;
dos estalos da madeira;
e dos riscos de quebrar.
Tudo ficará perfeito.
Mal posso esperar.
(Érico Alencastro)
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