vai andando
o corpo-imagem,
a máscara que disfarça;
se fazendo ele passa
a sensação de uma miragem
que não é mais
que uma falsa paisagem
a esconder o que traz dentro
e que mostra vida
- no arfar do peito -
que respira...
é a alma que alí habita
esse invólucro falsário,
esse conjunto de carne miserável
banhado à sangue ordinário;
vai assim esse ente oculto
que é meu eu absoluto,
vai anônimo e resoluto
viver pra sempre assim sepulto.
(Guilherme Meyer)
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