eu espero pra ver
o que vai ser
daquelas ruas à noite
e de todas as andanças
por elas madrugada a dentro;
de todos aqueles postos
de gasolina,
das garrafas enfileiradas,
vazias,
sem mais nada;
pra ver o que
vai ser
de toda a chuva
que caiu,
do ônibus que corta
a 3ª perimetral
a mais de 80 por hora,
do maço de cigarros
que eu acabei mesmo assim
comprando;
vai ser o que
daquela vez
que eu quis te ver?
dos túneis, das pistas,
dos muros, dos prédios,
dos murros, do tédio,
de tudo que é sério;
eu espero pra ver
o que é que
vai ficar,
o que é que vai ser
se eu não souber segurar.
(Guilherme Meyer)
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